Reading challenge completo... e agora? Crónica de uma valente "reading slump"
Este ano estabeleci um desafio de leitura ambicioso.
Depois de anos sem ler, em 2020 voltei a pegar nos livros. Embora nesse ano não tenha conseguido ler um livro por mês como queria, foi o suficiente para pôr a bola a rolar.
No ano passado, embalada pela redescoberta do gosto pela leitura, voltei a traçar o objetivo dos 12 livros. Só que desta vez superei essa meta... logo a 8 de março. Entusiasmada, tentei chegar aos 50 livros. Desta vez sobrestimei-me. Depois de perder ritmo durante o verão (estranho porque costumava ser o prime time do meu ano de leitura), acabei por ler 41 livros (e meio) até ao final do ano.
O que nos traz a 2022...
tentando encontrar o equilíbrio, decidi-me que iria pelo menos tentar ler um número redondinho de livros que já tinha conseguido no ano anterior. Objetivo que cumpri, quando terminei o 40.º livro do ano a 15 de agosto. Assumidamente, li BD (que não lia desde os meus 11 anos) e experimentei finalmente os áudio livros (não fiquei rendida, mas definitivamente voltarei a tentar), o que acelerou o ritmo. E de repente tinha quatro meses de sobra...
O meu plano inicial era pegar nos livros maiores que tenho debaixo de olho, porque não tinha a pressão (completamente tonta) de passar rapidamente ao próximo. Afinal tudo o que lesse era bónus no desafio anual.
O problema? Desde então tenho estado numa espécie de reading slump. Durante semanas tentei pegar em vários livros sem conseguir passar das primeiras páginas. Sentia-me cansada e sem grande entusiasmo para ler.
A solução? Dar tempo. Para o corpo descansar. Para a cabeça desanuviar. Para fazer outras coisas fora das páginas de um livro.
O timing desta slump foi péssimo, porque afetou o entusiasmo de ir à feira do livro. Ou talvez tenha sido perfeito, porque foi muito mais fácil de controlar as compras por impulso.
O que ajudou? Pegar num livro fora do que normalmente costumo ler. Eu não sou grande leitora de não-ficção (notem no gráfico abaixo), mas no início do verão tinha comprado o "Conversations on Love" da Natasha Lunn. Foi o que resultou melhor.


Não quero cantar já vitória. O processo de leitura tem sido muito demorado, dou por mim a reler as mesmas coisas vinte vezes e a ler páginas inteiras para me aperceber que não retive nada. Mas... já vejo a luz ao fim do túnel (ou neste caso, o número de páginas que faltam a encurtar quando confiro o progresso através da posição do marcador no topo).
Sem grandes pressões, quero tentar completar um segundo desafio. No início do ano, para começar a pegar finalmente nos livros que há séculos que ando a dizer que quero ler, fiz uma lista de títulos a que quero chegar em 2022. Eis como vai esse desafio (bem mais atrasado por sinal):
- ◻️ 1984, de George Orwell
- ◻️ Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley
- ✅ Before the Coffee Gets Cold, de Toshikazu Kawaguchi
- ✅ In Watermelon Sugar, de Richard Brautigan
- ✅ Acabar a Trilogia Shadow & Bone, de Leight Bardugo
- ✅ Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
- ◻️ Dune, de Frank Herbert
- ◻️ Song of Achilles, de Madeleine Miller
- ◻️ The Secret History, de Donna Tartt